Proibido trabalhar durante o dia!

DEMOCRACIA? ONDE ESTÁ? AQUI, NÃO CERTAMENTE!
24 ou 45 horas, aqui não! Em casa com a família!
              PROIBIÇÃO DE TRABALHAR!
   Uma Indústria obrigada a parar e impedida de produzir, em tempo de crise é um absurdo que infelizmente existe!
   Obrigam-se a parar pessoas que querem e necessitam de trabalhar! 
24 ou 45 horas, aqui não! Em casa com a família!
Senhores dirigentes políticos Nacionais e Europeus; é isto democracia? e ainda mais em tempo de crise? Sáiam dos vossos confortáveis cadeirões e gabinetes, e venham ao terreno ver este absurdo!

Proibição de circulação de camiões, nalguns países da Europa.
Vejamos primeiro alguns  países da Europa Central onde essa proibição não existe: Reino Unido, Suécia, Dinamarca, Holanda, Bélgica. a economia rola em todos os sentidos, e  não há atropelos á liberdade de quem pode e quer trabalhar com um camião. Quem circula de automóvel não se sente incomodado, pois têm a consciencia  de que os camiões transportam os seus bens de consumo, e por isso os camionistas são considerados pessoas gratas.

Vejamos agora, dois países de entre outros onde essa proibição é drástica, impiedosa e até abusiva.

Alemanha e França
Na Alemanha  a proibição de veículos industriais com peso superior a 7,5 T, é das 0:00 ás 22:00 todos os dias festivos Nacionais e nalguns regionais.
Em França, para além dos dias festivos,e nalguns casos, é o Perfeito da região que dita a proibição conforme a sua "simpatia"  ou não, pelos camiões. Mas falo da proibição normal, aquela de um domingo ou feriado. Em França, a interdição de circulação de camiões começa às 22:00 da véspera do feriado e vai até às 22:00 do dito feriado. Mas se acontecem dois feriados seguidos, por exemplo: domingo e segunda, aí as coisas complicam-se. Como em alguns países limítrofes não há proibição (Bélgica, Reino Unido, Espanha) e noutros em que o feriado não coincide, não queiram nem saber a bagunça que existe com os camiões na entrada em França no final desse período de proibição.
Os nossos dirigentes políticos comunitários, apregoam (hipocritamente) a diminuição da sinistralidade rodoviária, em especial nos veículos pesados; em que condições físicas e psíquicas está um condutor que foi obrigado a parar durante o dia e que pelo seu ritmo biológico e condições climatéricas, não conseguiu dormir durante esse período,  e agora tem que começar com uma gincana, e fazer de noite o trabalho que foi impedido de fazer normalmente durante o dia? Será democracia reter esses homens e mulheres para que quem passeia o possa fazer sem os camiões? Esses homens e mulheres também têm família que os espera dessa viajem, é justo retê-los? Se eles “empatam” durante o dia, depois não “empatam” quem tenha que viajar de automóvel durante a noite e leva com aquela gincana de camiões de uma assentada?
    Fala-se de uma crise, e é efectivamente uma triste realidade; mas se obrigamos a parar uma indústria em tempo de crise, ela torna-se ainda mais penalizadora. Os camiões são uma indústria que movimenta uma grande parte da nossa economia.
   Agora vejamos as condições em que e onde essas paragens são feitas: devido ao grande volume de camiões e ao fraco poder económico dos condutores que vêm constantemente os seus salários diminuídos, e nalguns casos, não pagos, as concessionárias das áreas de serviço, onde esses veículos têm que parar, negam por vezes certos serviços básicos de higiene, tais como as toilettes, duches e até uma simples bilha de água. Assim são tratados aqueles trabalhadores, que o maior defeito que têm, é não serem unidos, porque se fossem… a sua situação não seria esta certamente!

Imaginem uma paragem dos transportes de mercadorias na Europa durante uma semana!
    As recentes normas instituídas no que toca aos horários de trabalho, vieram por fim a alguns abusos neste campo, e estou em parte de acordo com elas, mas digo; só em parte e explico porquê:
    Com a chegada da nova geração de tacógrafos electrónicos digitais, torna-se fácil verificar e controlar a nível Europeu, o cumprimento dos períodos de descanso diário e semanal.
    Ora onde eu não estou de acordo é na obrigatoriedade de “gozar” o período de descanso semanal onde ele coincide, que como acima vimos, pode ser num parque sem as condições mínimas de higiene e longe das famílias.   
    Para os motoristas da Europa Central que se deslocam num raio de 1000 kilómetros, não há problema pois conseguem passar o fim de semana com a família. Mas aqueles que têm as suas origens nas periferias, por exemplo: Portugal, Espanha, Irlanda e países para oriente, como a Roménia, Bulgária  Grécia e Turquia, ao abrigo destas normas, não conseguem!
    Vejamos o trajecto dum motorista Português, que sai à sexta-feira de uma qualquer parte de Portugal e que se dirige à Suécia ou Noruega; terá que passar os seus períodos de descanso semanal, sempre fora de casa, isto é: uma vez 24 horas e outra  45 horas. Creio ter já a experiência suficiente par mostrar aos Senhores Legisladores uma solução: as horas de repouso diário, está bem. Quanto ao descanso semanal,  as 24 mais as 45 horas deverá ser acumulado e  cumprido no fim de cada viagem de regresso ao seu país, no conforto do seu lar e de sua família. Com os novos tacógrafos isto é fácil de controlar. Para além de valorizar a família, isto viria minimizar a disfunção psicológica (stress) dos condutores, rentabilizar os veículos e se aliado ao fim da proibição nos países onde isso acontece, então aí sim, haveria justiça, democracia e humanismo, e... menos crise.
  
    Luís Braz

Texto enviado por Luís Braz
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2 comentários:

  1. Pois o grande erro é mesmo a desunião entre os colegas e fala-se muito mas não se faz nada ...
    Além que quem fas as leis está comodamente sentado num gabinete e no final do dia e fins de semana sempre no conforto da família...

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  2. de facto esse e um grave problema que tem varios culpados : nos proprios por falta de uniao e de informaçao , os nossos patroes que so pensam em gerrear uns com os outros por servissos ,a comunicaçao soçial que nao da a minima atençao a estes problemas e os nossos politicos que como todos sabem so falam do setor dos tranportes em ultimo caso !!!

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